quinta-feira, 10 de março de 2011

Levantamento do consumo de carnes de animais silvestres no município de Montes Claros - MG

Segundo a legislação Brasileira, animais silvestres são as espécies nativas e a ingestão da sua carne é relatada por muitas pessoas. Devido ao abate ilegal, há um risco para a biodiversidade e a saúde pública. Porém, poucos são os dados de ingestão destas carnes e pesquisas de mercado sobre o tema. Este estudo teve como objetivo realizar o levantamento do consumo de carne de animais silvestres no município de Montes Claros – MG. Foram aplicados 1228 questionários, no período de 21 de maio a 31 de agosto de 2007, em escolas de ensino fundamental e médio, faculdades, eventos agropecuários e logradouros públicos como praças mercados e feiras. O entrevistado foi induzido a listar todas as carnes consideradas diferentes das usualmente consumidas, ao responder a seguinte pergunta: “Você já experimentou outras carnes consideradas exóticas?” Os resultados demonstraram que num universo de 1228 pessoas, os cinco animais mais consumidos foram tatu 392 (26,71%), jacaré 164 (13,36%), veado 139 (11,32%), paca 138 (11,24%) e capivara 133 (10,83%). Estes foram seguidos por cobra 84 (6,84%), teiú ou lambu 49 (3,99%) e jia 22 (1,79%). Apesar de alguns relatos da paca como a carne mais apreciada no país, essa pesquisa demonstrou que as carnes de tatu, jacaré e veado, em ordem decrescente, foram as mais consumidas pelos entrevistados, antes da paca. Possivelmente, existam variações regionais interferindo nessa observação. Concluiu-se que o consumo de animais silvestres é comum e mais pesquisas são necessárias para estabelecer o potencial de mercado destas carnes no Norte de Minas.

Palavras-chave: consumo humano, carne, animais silvestres

autores
CAMPEDELLI, Elza Rodrigues
OLIVEIRA, Neide Judith Faria de
FARIA FILHO, Daniel Emygdio de
ROCHA, Délcio Cesar Cordeiro
FRANCO, Mariana Rezende Franco
SOUZA, Rogério Marcos de

XVII Semana de Iniciação Científica da UFMG

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